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Rôbo soviético ressuscita e faz ciência

A sonda Luna 17 pousou na Lua no dia 17 de Novembro de 1970, liberando o Lunokhod 1, que fez suas pesquisas até o dia 14 de Setembro de 1971, quando os cientistas soviéticos perderam contato com ele. 
Lunokhod-1, o primeiro robô espacial controlado remotamente, enviado pelos soviéticos à Lua em 1970, "falou" novamente - ou, pelo menos, repetiu o que recebeu.
Robô lunar soviético volta a fazer ciência depois de 43 anos
O Lunokhod-1 foi o primeiro robô espacial controlado remotamente, enviado pelos soviéticos à Lua em 1970. O círculo vermelho mostra o instrumento que voltou a ser usado pelos cientistas. [Imagem: RIA Novosti]
O Lunokhod-1, pesando 756 quilogramas, viajou 10,54 quilômetros na superfície da Lua entre 17 de novembro de 1970 e 29 de setembro de 1971, enviando para a Terra cerca de 25.000 imagens, incluindo 211 panorâmicas.
Várias equipes de cientistas ao redor do mundo rastrearam o robô inúmeras vezes, interessados em uma carga extremamente preciosa que ele levava a bordo - um refletor de laser que é um elemento essencial para pesquisas sobre a Teoria da Relatividade de Einstein e para uma melhor compreensão da Lua.

Finalmente, em 2010, o bo lunar sovietico foi encontrado.
Perdido na Lua
Nenhuma das equipes teve sucesso em localizar o robô e seu refletor, e a maioria dos cientistas havia desistido de encontrar o Lunokhod 1. Menos a equipe do Dr. Tom Murphy, da Universidade da Califórnia, em San Diego.
Suas expectativas aumentaram quando a sonda LRO, da NASA, começou a enviar imagens de alta resolução da Lua, que permitiram visualizar os restos da missão Apollo.
O Lunokhod 1 foi localizado em uma das imagens como um pequeno ponto iluminado, a quilômetros de distância de onde os cientistas procuravam, com base em cálculos que levavam em conta o local de pouso da Luna 17 e os registros dos últimos sinais de rádio enviados pelo robô.
Encontrado robô soviético perdido na Lua há 40 anos
O Lunokhod 1 foi localizado em uma das imagens da LRO como um pequeno ponto iluminado, a quilômetros de distância de onde os cientistas procuravam, com base em cálculos que levavam em conta o local de pouso da Luna 17 e os registros dos últimos sinais de rádio enviados pelo robô. [Imagem: NASA/GSFC/Arizona State University]
"Acontece que estávamos procurando cerca de uma milha da posição real do robô," disse Murphy. "Nós conseguíamos varrer apenas uma região do tamanho de um campo de futebol de cada vez. As imagens recentes da LRO, juntamente com a altimetria laser da superfície, nos deram coordenadas com precisão de 100 metros. Então tivemos que esperar apenas até termos o telescópio em boas condições de observação."
Agora, cientistas franceses conseguiram usar seu "refletor de canto", um aparelho simples, que se encontra do lado de fora do Lunokhod-1 e reflete qualquer radiação eletromagnética que recebe.

Robô lunar soviético volta a fazer ciência depois de 43 anos
O aparelho é composto por 14 refletores triangulares , medindo no total 44 centímetros de comprimento por 19 centímetros de largura. [Imagem: Jean-Marie Torre]
Ao contrário de um espelho, contudo, o refletor devolve o raio do mesmo ponto onde ele foi recebido. O aparelho é composto por 14 refletores triangulares, medindo no total 44 centímetros de comprimento por 19 centímetros de largura.
O trabalho para fazer o robô soviético voltar à vida também parece simples: basta mirar um laser em seu refletor e monitorar quando tempo ele leva para voltar. O problema é acertar um objeto de alguns centímetros de diâmetro localizado na Lua.
Ressurreição científica
Dois anos depois de saber onde estava o Lunokhod-1, Jean-Marie Torre e seus colegas do Observatório Côte d'Azur conseguiu o intento, e agora se preparam para tirar proveito científico de sua mira espacial.
Os astrofísicos procuram por desvios na teoria da relatividade geral de Einstein medindo o formato da órbita lunar com uma precisão muito grande.
Isto vem sendo feito medindo o tempo que leva para que a luz de um laser disparado da superfície da Terra reflita-se em quatro refletores ópticos deixados na Lua pelos astronautas da missão Apollo.
Mas há duas vantagens enormes em contar com o refletor do robô espacial soviético.
São necessários três refletores para determinar a orientação da Lua. Um quarto acrescenta informações sobre a distorção imposta pelas marés, e um quinto - o refletor do robô Lunokhod-1 - vai dar informações precisas sobre o ponto no espaço equivalente ao centro da Lua.
Centro da Lua
Mas há grandes vantagens em contar com um quinto refletor, e é por isso que a busca pelo Lunokhod 1 ocupou tantos cientistas ao longo dos últimos 40 anos.
O ponto central da Lua é de suma importância para mapear sua órbita com precisão suficiente para testar a teoria da relatividade.
A segunda vantagem é que o Lunokhod-1 está em uma posição invejável, bem na borda visível da Lua.
Apesar de a Lua estar sempre com a mesma face virada para a Terra, esse lado visível oscila ligeiramente. Os parâmetros desse balanço dependem, entre outros, da distribuição e da estrutura das rochas no interior do nosso satélite.
Como o Lunokhod-1 está mais perto da borda do disco visível da Lua do que os outros refletores, ele se torna o instrumento ideal para estudar esse fenômeno.
Dados das medições a laser indicam que a Lua se afasta da Terra cerca de 38 milímetros por ano, mas não há uma teoria definitiva para explicar a razão desse afastamento - uma das hipóteses mais aceitas propõe que a massa da Lua diminui em virtude de ela perder atmosfera, o que diminui a força de atração da Terra.
Talvez o recém-ressuscitado Lunokhod-1 possa trazer alguma informação nova.
Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/05/2013
Fonte:  http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=robo-lunar-sovietico-volta-fazer-ciencia&id=010130130521





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