MiMoSa são oficinas para criar uma máquina que possa, mesmo que em uma pequena escala , alterar o cenário de produção e repressão midiática no Brasil.
Acreditamos que as pessoas passam a pensar criticamente o meio em que começam a produzir.
Pelo menos no caso brasileiro, um novo sistema de distribuição de mídias é uma forma de atingir uma melhor distribuição de representações, visibilidade e poder.
Durante as oficinas, um grupo de pessoas (participantes) trabalharão juntos à artistas, artesãos e ativistas para criar e operar esta máquina.
A máquina deve ser capaz de:
- gravar histórias públicas por um telefone celular para um servidor web;
- gravar histórias públicas por um microfone para um banco de dados em um computador portátil;
- transmitir em baixa potência FM;
- tocar alto em caixas de som
- gravar vídeos para um servidor web;
- gravar um CD de áudio para cada entrevistado, com sua história e mais o banco de dados de áudio até então registrado;
- pintar no asfalto, parede ou chão um número de telefone e código e um enedeço web onde as pessoas poderão escutar as histórias.
No nosso caso a máquina terá uma capacidade um pouco menor por ter restrição ao acesso web, mas poderá :
- gravar histórias públicas por um microfone para um banco de dados em um computador portátil;
- transmitir em baixa potência FM;
- tocar alto em caixas de som;
- gravar vídeos para um servidor web;
- gravar um CD de áudio para cada entrevistado, com sua história e mais o banco de dados de áudio até então registrado;
O formato plástico da máquina não será prioritário.
Esta sempre terá um corpo imperfeito, porque não tem células vivas. É um corpo sem órgãos.
A oficina será realizada no fórum de Biotemas e será repetida no 26º Salão Nacional de Poesia Psiu Poético.
O que é MiMo Sa?
MiMoSa são oficinas para a construção de uma máquina
de intervenção urbana e correção informacional, ou uma mídia móvel
(S.A.).
Mais que isso,M iMoSa é também a máquina construída durante essas oficinas, onde o objeto máquina personifica-se, humaniza-se, grava histórias locais e as publica na internet. Baseada nos trabalhos de Ricardo Zuniga [1] (que possuía uma rádio móvel dentro de um carrinho de supermercado, que percorria ruas de Nova Iorque – EUA), Neurotransmitter [2] (que fazem transmissão FM em baixa freqüência com equipamento portátil, como uma mochila), Murmur toronto [3] (que grava histórias locais da cidade de Toronto no Canadá e as disponibiliza via internet um um mapa geográfico da cidade) e utilizando como metodologia para as oficinas a MetaReciclagem [4], as oficinas MiMosa possuem dois objetivos que se tornaram claros no decorrer das oficinas que aconteceram até aqui:
1.) construir uma máquina móvel que seja capaz de
gravar depoimentos de pessoas e
2.) produzir intervenções urbanas para a
gravação dessas histórias.
As oficinas de metareciclagem para a
produção do objeto buscam utilizar-se de equipamento tecnológico dito
obsoleto (computadores antigos, motores de utensílios domésticos,
carrinhos de feira, cadeiras giratórias) para a produção de um outro bem
tecno-estético.
Porém, o que difere a máquina MiMoSa dos objetos
utilizados para sua construção é a ressignificação dada a eles.
Além
disso, por ser uma nova máquina, com um nome que no Brasil pode ser
utilizado para várias coisas (tanto para chamar vacas [é comum em
criações de gado de pequeno porte encontrarmos vacas chamadas de Mimosas] como para identificar algo como carinhoso, meigo, mimoso... é
tambem o nome dado a uma região da cidade do Rio de Janeiro sabidamente
dedicada à prostituição feminina) e, principalmente, por ser montada
durante oficinas com uma média de 8 a 12 pessoas, que participam das
mais diversas formas (construindo estrutura, instalando softwares,
recortando fios, remontando computadores, executando intervenções
urbanas), MiMoSa ganha vida, adquirindo expressões pessoais em um
trabalho coletivo, e não raro, comentários como “MiMoSa tambem é gente”
ou “coitadinha, não pode continuar dormindo na garagem” são ouvidos
durante as oficinas. O processo de transferir para um objeto técnico de
características humanas (muito menos plasticamente que psicologicamente)
possibilita uma afeição imediata do público-artista (pois o público
colabora na construção do objeto artístico) para com a máquina.
Isso
possibilita, ao mesmo tempo, uma reflexão a respeito de apropriação
pública em dois campos: tecnologias e arte, no contexto de prática de
construção colaborativa em rede, ou net arte, sendo online - através do
blog da MiMoSa - ou offline, com diferentes praticantes de mídia
trabalhando juntos em diferentes lugares e espaços. José Balbino, um dos
envolvidos com a MiMoSa em Salvador, salienta que quem passa pelo
processo das oficinas se relaciona diferente com o que a um primeiro
momento parecia somente lixo tecnológico.
Por onde passou? Como funcionou?
MiMoSa é um projeto comissionado pelo web site
norte-americano turbulence.org, parceria de New Radio and Performing
Arts, Inc. e a Andy Warhol Foundation.
Durante a fase de desenvolvimento
do projeto, além de baseada nos trabalhos supracitados, MiMoSa contou
com a ajuda de desenvolvedores de softwares, reaproveitadores de
hardware, ativistas em mídia, radialistas e rádio-artistas.
Pelo projeto
original, após montada durante as oficinas, MiMoSa seria capaz de
gravar em CD os depoimentos que já estivessem em seu banco de dados,
assim como a possibilidade desses depoimentos serem acessados via
celular e internet.
O projeto tambem prevê uma página no website para
georeferenciamento das ações com tecnologia mapserver, além de grafitar
as ruas e os locais por onde gravaria as histórias locais. Para tanto,
possuíamos um espaco-tempo de 1 GB no servidor do turbulence.org.
Como o
trabalho é desenvolvido em oficinas, algumas das intenções originais já
foram alcançadas, outras foram modificadas, algumas acrescidas e
algumas outras estão em espera. a primeira versão da máquina foi
construída por Alexandre Freire e Etienne Delacroix como um modelo 3D
renderizado no aplicativo livre Blender [5].
Mesmo ainda não existindo fisicamente, o modelo
projetado pelos dois foi fundamental para pensar plasticamente o objeto a
ser criado durante as oficinas, o que ainda não havia sido feito até
então.
Logo após, na cidade do Rio de Janeiro, foi construída a primeira
versão física da máquina, em uma oficina pequena, com Giuliano Djahjah,
Quéops, Ricardo Ruiz e Uiran, com a ajuda de Romano (o inusitado).
A
oficina constituiu-se na seleção e compra do equipamento a ser utilizado
na máquina, bem como a montagem da mesma.
Teve duração de dois dias.
Foi construída dentro de um carro de feira, e contava com um processador
de 233 MHZ, 64 MB de memória RAM, HD de 8 GB, trackball, monitor Flat
Screen, No-Break e uma extensão elétrica de quase 30 metros.
Ao final da
montagem, a única resposta que a máquina dava era o choque elétrico. Nada funcionava.
Percebemos então, uma necessidade básica do
equipamento: isolamento elétrico. a terceira versão da MiMoSa ocorreu na
cidade de Cachoeira, na região do recôncavo baiano, durante as oficinas
de Metareciclagem, parte do primeiro encontro de conhecimentos livres
da bahia, sergipe a alagoas, operacionado pelo Departamento de Cultura Digital do Ministério da Cultura do Brasil.
Dessa vez, a oficina
aconteceu com cerca de 15 pessoas, e pela primeira vez a máquina
funcionou como o esperado.
Muitos foram os fatores para tal.
Primeiramente, a oficina ocorreu durante três dias, tempo que se mostrou
como mínimo para a construção coletiva da mesma.
O hardware utilizado
foi o mesmo que no Rio de Janeiro, porém, dessa vez com o isolamento
elétrico necessário.
Como software, foi utilizada uma versão do Ubuntu Hoary [6] como sistema operacional e Audacity [7] como aplicativo de
gravação de som. Muitas pessoas colaboraram na construção da máquina,
tanto na montagem como na decoração, e muitas foram as pessoas que se
sentiam responsáveis por ela, o que facilitou, em muito, na fase
seguinte da oficina: as intervenções urbanas.
Vale notar que Cachoeira é um rico local de
construção cultural, e, na cidade que possui “mais de 120 mil terreiros
de Candomblé” é notável a produção escultural, musical e religiosa, além
de terreno frutífero de tradições afro-brasileiras.
Assim que a máquina
ficou pronta, sua primeira aparição se deu em um espaco cultural
destinado a criação e disseminação de samba de roda. O local, onde eram
proibidas filmagens e fotografias, foi o escolhido para o batismo da
máquina, sendo esse talvez o primeiro passo de sua metamaterialização.
De lá, a MiMoSa partiu em um cortejo, quase uma procissão, com cerca de
40 pessoas, que cantavam e gritavam “MiMoSa... MiMoSa” ou “venham
conhecer, MiMoSa chegou!”, rumo à praça principal da cidade, na beira do
Rio Paraguaçu, onde gravou seus primeiros depoimentos, transmitiu (com
baixo alcance) ao vivo rádio em FM e tv em VHF e projetou vídeos
produzidos durante o encontro de conhecimentos livres.
Mesmo não estando
ligados no hardware da MiMoSa nem projetores nem sistema de som dos
vídeos, todos sentiam aquelas projeções como frutos da MiMoSa, naquele
momento já encarada como uma entidade.
A próxima oficina para construção
da MiMoSa aconteceu na vila de pescadores de Pipa, no Rio Grande do
Norte.
Ao contrário da oficina anterior, esta contou com a presenca de
poucas pessoas (ricardo ruiz, tatiana wells, josé balbino e tininha
llanos) mas foi fundamental para o, naquele momento, futuro da máquina.
Pela primeira vez, nesta oficina, notou-se que a intenção de movimentar a
máquina por entre diferentes cidades era prejudicial ao hardware da
mimoSa: o HD dava sinais de desgaste profundo (foi trocado no começo da
oficina) e a CPU tambem não resistiu ao transporte, e foi substituída
por uma CPU MMX com processamento de 300 MHZ.
A nova versão da máquina
levava em conta sua atual localização praiana e contou com madeiras de
barco para seu isolamento e um guarda-sol para a proteção contra a forte
luz diária da região.
Mesmo não saindo às ruas, a oficina foi o que
possibilitou um contato maior entre Balbino e Tininha com a montagem da
máquina.
Os dois seriam, a partir de então, responsáveis por construir
uma outra máquina na cidade de Salvador, capital Bahiana. A fase
seguinte de construção da MiMoSa, em Salvador, foi durante o Festival Matutai, paralelo ao Forum Social Mundial, em janeiro de 2006.
Desta
vez, MiMoSa foi montada após três dias de discussões sobre arte,
ativismo, comunicação independente, rádios livres e gênero.
No último
dia de festival, as oficinas se realizaram, juntamente com apresentações
de bandas e o programa de radio cidadão comum. Projeções em modo texto,
streaming de áudio e festejos fizeram parte dessa oficina.
Ao final, a
máquina estava montada, mas não conseguia funcionar.
Sua placa-mãe e o
processador haviam queimado. Mesmo sem funcionar, a máquina se fez
presente como um ente querido e doente.
A oficina de Salvador marcou um ponto importante na
história da MiMoSa: o trabalho foi apresentado na capa do newsletter do
renomado site sobre net arte rizhome.org.
Ao mesmo tempo, mostrou que
muitas peças do hardware estavam queimando, o que impossibilitava o
transporte contínuo do seu corpo físico: a MiMoSa precisaria de uma
solução urgente para continuar existindo.
De volta à vila de Pipa, mais
uma oficina, dentro do telecentro público do local, desta vez com um
número reduzido de pessoas participando mas com grande impacto nas
crianças do local. Esta oficina marcou a morte e o renascimento da
mimoSa. Pela terceira vez consecutiva uma CPU foi queimada, os HDs não
mais funcionavam, assim como os pentes de memória RAM. Foi decretado, em
um post do blog da MiMoSa, sua morte. A MiMoSa não poderia mais viver
como até o momento.
Chegou-se a uma solução: a MiMoSa deveria ser, a
partir de então, clonada em diferentes cidades.
Com as características
de cada local, isso permitiria sua flexibilização e seu maior alcance. A
licença creative commons permitia. Arte faça-você-mesmo. As primeiras
propostas de cidades a clonarem as oficinas MimoSa foram São Paulo, Ssalvador e Curitiba. o que sobrou do prêmio foi dividido entre São Paulo
e Salvador.
Porém, outros clones surgiram, como aconteceu em Aracaju,
no estado do Sergipe, durante o Festival de Cinema Curta-se.
Em se
tratando de hardware, as oficinas de Aracaju foram ótimas para testar a
nova cpu que existira na MiMoSa de Salvador.
Trata-se da melhor máquina
que já funcionou como MiMoSa até então: uma cpu onboard com saídas
s-video, video rca, video vga, ehernet, fax-modem, saídas de áudio P2,
entradas linha e microfone, paralela, serial, ps2 e usb, rodando em um
processador de 400 MHZ com 96 Mb de memória RAM.
O leitor de DVD chegou a
funcionar por alguns instantes.
A montagem aconteceu durante cinco
tardes, com duas fases distintas: na primeira, foi montada em uma
armação de arame (antigos armários) , suas rodas eram feitas com rolos
de filme de 16mm, e trabalhava, milagrosamente, com um monitor de vídeo
cga fósforo verde de 12 polegadas, de um computador pessoal TK-3000 de
fabricação de 1985.
A estrutura ainda foi enfeitada com ventoinhas,
display lcd (onde lia-se “JAH”), trancinhas, filmes.
Um dos artistas
(público) melhor sintetizou o sentimento de todos: “não há como não
gostar dela, você ajudou a montar a bichinha”.
Na segunda fase, quando o
monitor de fósforo verde não mais agüentou funcionar, foi preciso
substituí-lo por um monitor de 15” VGA, que a frágil estrutura de arame
não mais agüentava, tampouco as rodas de rolo de filme.
Rapidamente a
estrutura da máquina transformou-se em uma cadeira com rodas sem as
almofadas, que permitiram, por coincidência, encaixe perfeito para
monitor e rolos de filme, e a cpu e hd ficaram suspensos por um sistema
de arames e fios elétricos – um melhor sistema de amortecimentos que
permitiu uma mobilidade nunca dantes vista para a máquina-amiga.
Importante notar que, depois de muitas pessoas se identificarem com a MiMosa durante e depois das oficinas, um transeunte, sem contato com as
oficinas, ao ver o conjunto de fios e placas na rua, esperando
transporte, rolos de fita e trancinhas, pergunta: “é para jogar fora?”.
Foi transportada até um shopping center onde eram
exibidos os longa-metragens da mostra, assustou-se com propagandas,
impressionou-se com lojas de eletrodomésticos, foi obrigada a ser
desligada por seguranças, entrevistou gerentes, públicos, participantes
da mostra, construtores da máquina.
Em outro dia, viajou de ônibus até a
cidade de São Cristóvão, quarta cidade mais antiga do Brasil, onde não
participou em corpo físico (a chuva impossibilitou que fosse ligada e
transportada), porém foi levada junto com todos e esperou, sendo
carinhosamente vigiada e cuidada por cada um que a conhecia, em um bar
da praça principal da cidade.
Contudo, da mesma forma, gravou, através de
dispositivos remotos, áudios e vídeos com danças, apresentações
folclóricas, conversas, programas de rádio. gravadores de áudio digitais
e câmeras de vídeos digitais, mostraram-se partes integrantes da
mimosa, mesmo sem estar, literalmente, conectada a ela.
A nova CPU, já separada de suas outras partes (que
prometem voltar a funcionar em Aracaju), voltou para Salvador, onde foi
apresentada ao seu novo corpo físico: um carrinho que vende café, com
formato de trio elétrico, típico da cidade de Salvador, com monitor de
9” e, como refletido, “com possibilidade de ainda fazer um dinheirinho”.
Sua primeira aparição foi durante o Upgrade Salvador [8] e continuou
com as versões subseqüentes do festival.
Revolvendo o objeto artístico e o público-artista
Revolvendo o objeto artístico e o público-artista
A cada nova oficina, mimoSa agrega novas pessoas
responsáveis pela sua construção que, acima de tudo, percebem novos usos
para tecnologias e se percebem como artistas.
Porem, não só como
artistas: se percebem também como técnicos, como engenheiros, como
radialistas, jornalistas, fotógrafos, interventores.
Participam da
construção de um objeto multifacetado, construído por diversas pessoas
em diferentes lugares.
Esta fragmentação, por sua vez, é benéfica ao
objeto, pois salienta a diversidade e a colaboração como ferramentas
indispensáveis para a construção coletiva, para a produção de objetos
culturais.
Repensam noção de autoria, de obra de arte, de computador, de
sistemas operacionais.
Começam, partir de então, a descobrir objetos.
Objetos para pesquisa e experimentação, para a recombinação, para o
trabalho coletivo e individual, para construção do objeto.
As pessoas
assumem diferentes funções dependendo do momento (oficinas, dias, horas,
tarefas), combinadas previamente ou não.
A experiência coletiva
respeita cada indivíduo, e trabalha-se todos.
Todos, oficineiros,
artistas, público, são colocados no mesmo patamar: experimentadores.
Como os cientistas.
Em espaços de aprendizado coletivo, tanto cultural
como técnico e social.
Dessa forma, público, artista, objeto de arte,
função, utilidade, estética, plástica e técnica se fundem.
Nessa fusão, a
pessoa se identifica como ser, capaz de criar e alterar espaços e que,
bastando, para isso, uma prática amigável de apropriação das técnicas.
hardware livre. E garfo e faca são hardwares livres.
Caso contrário,
corremos o sério risco de enveredar pelo mercado da arte “careta
multimídia”, como diria o programa de radio recifenho Quéops Negao.
E agora?
Outras versões apareceram desde que este texto foi
escrito. Duas em São Paulo, uma em Curitiba, Belém (PA), Porto Alegre
(RS), Farkadonna, (Grécia) e mais uma vez em Salvador. Outras estão
planejadas para acontecer em Santarém (PA) e Manchester (UK). mimoSa
prepara-se para possibilitar, cada vez mais, que pessoas tomem
consciência de seu direito a expressão, que entendam e subvertam os usos
da tecnologia, que percebam-se como artistas, criativos, capazes de
fazer ouvir suas histórias, opiniões, e poderem participar de debates
políticos, tecnológicos, sociais, midiáticos e culturais, criando seus
próprios espaços de atuação, criando voz, pernas e braços com a
pseudo-sucata.
e saberemos, depois de completado seu tempo de vida
determinado de 1GB de dados, qual o futuro da mimoSa. para saber as
ultimas novidades sobre mimoSa, acesse
http://www.turbulence.org/Works/mimoSa
Inspirado em http://turbulence.org/Works/mimoSa/mimoSa_port/
http://turbulence.org/Works/mimoSa/blog/
mimoSa: Urban Intervention and Information Correctional Machine” is a 2005 commission of New Radio and Performing Arts, Inc., (aka Ether-Ore) for its Turbulence web site.
It was made possible with funding from the Andy Warhol Foundation for the Visual Arts
Depois postamos as fotos da oficina.
Comentários
Postar um comentário